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quarta-feira, 19 de março de 2008

Triste sorte


João Ferreira Rosa afirmou-se como uma personalidade singular no meio do fado lisboeta.

Monárquico assumido e com uma personalidade irreverente, Rosa possui já uma carreira com cerca de três décadas, isto apesar de um percurso discográfico extremamente diminuto.

A justificação para a sua parca discografia é dada pelo cantor, que afirma que nos estúdios de gravação "não existe ambiente para se cantar".

Por isso, prefere promover tertúlias fadistas em Alcochete, onde vive.


Em Junho de 1996 é editado o álbum "Ontem E Hoje", gravado no Palácio de Pintéus, sua propriedade, em Loures. Um trabalho que inclui onze temas gravados ao primeiro take, por um cantor que afirma que o fado é algo que se vive no momento.

Não sendo monárquico não deixo por ísso de ser um grande admirador seu.


Volta aqui ao blogue, pela 3ª vez, para cantar este fado como letra sua e música de Alfredo Marceneiro. o
Fado Cravo

Ando na vida à procura

duma noite menos escura
que traga luar do céu
duma noite menos fria

em que não sinta agonia

dum dia a mais que morreu


Vou cantando amargurado

mais um fado e outro fado

que fale do fado meu,

meu destino assim cantado

jamais pode ser mudado

porque do fado sou eu.

Ser fadista, é triste sorte,

que nos faz pensar na morte,

e em tudo que em nós morreu,

andar na vida à procura,

duma noite menos escura,
que traga luar dos céus




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